A Minha Paixão pelo F.C. do Porto
A seguir a máxima de Max Weber: é muito difícil racionalizar - dar sentido - a uma paixão, a uma acção movida pelo afecto. É bem isto que sinto quando o assunto, quando a questão é o Futebol Clube do Porto.
Sou um adepto neófito. Mas a paixão é como se viesse de meu berço e fosse uma das primeiras palavras que disse após dizer "mamã" ou coisa que o valha. O reflexo disto é uma emoção, praticamente irracional que sinto quando vejo estas cores - azul e branco - adentrarem ao relvado, à quadra, às pistas, aonde quer que vá. Sou um portista inveterado e incorrigível. E isto é-me um motivo de muito orgulho e de muita vaidade. São poucas as coisas que um homem pode, com razão, sentir orgulho na vida, e o FC do Porto é uma delas.
Lembro-me das vitórias incríveis - das que vi e das que nem vi -, dos empates não tão saborosos e das derrotas doídas, mas que aumentam-me amor pela equipa da cidade que adoptei como minha paixão que é o Porto. Faz parte de meu imaginário, de meu orgulho e de minha vivência profissional ter no FC Porto uma devoção que não escapa aos elementos passionais que a razão desconhecerá sempre alguma explicação. Mas sigo a apreciar estas letras, este emblema, este dragão a portar o signo da "Invicta". Basta-me saber que entra em luta com qualquer equipa que já sinto-me em paz e na obrigação de apoiar sempre e integralmente.
Prova de que não somos inteiramente racionais todo o tempo está a paixão desportiva. Algo visceral, sentido com os nervos contraídos, com o suor na cara, com a adrenalina em mil por hora. Estas paixões do corpo tenho-as todas pelo Porto como jamais tivera por qualquer outra equipa que tenha simpatizado ou que tenha visto jogar. Os feitos desta equipa orgulham-me imenso e isto é o bastante. Muito bastante.
Eustáquio Silva
Porto, 12 de Abril de 2018.
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