Poema
Hei-de ser breve, pois palavras não esperam
São como linhas que parecem sempre escrever-se
São como dores que parecem sempre volver
Mesmo quando quem as sente apenas finge
Vou ser claro, pois de profundos só os versos
Eles sabem compor cores vivas e tristezas
Mesmo sem deixar o sol nascer
Sem deixar a expressão cair em desuso
Calmo, eu acaricio o mar de minhas paragens
Quero o azul que há no céu quando não o olho
A estrela que que brilha, viva ou morta, lá no vazio
Que está entre meu perceber que não estou só quando só
Sou um pátio de um paço de memórias curvas
De dobras românicas, barrocas, silentes
Uma ameia decaída, frágil, um verso envolvente
Que canta ao mesmo tempo que chora o que é
E se alguém perguntar em que rua eu moro
Moro no poema, moro em qualquer linha, estrofe
Junto à praça do desconsolo, bem à beira da morte
Entre ela e eu ainda há muita poesia
Eustáquio Silva
Porto, 16 de Abril de 2018.
São como linhas que parecem sempre escrever-se
São como dores que parecem sempre volver
Mesmo quando quem as sente apenas finge
Vou ser claro, pois de profundos só os versos
Eles sabem compor cores vivas e tristezas
Mesmo sem deixar o sol nascer
Sem deixar a expressão cair em desuso
Calmo, eu acaricio o mar de minhas paragens
Quero o azul que há no céu quando não o olho
A estrela que que brilha, viva ou morta, lá no vazio
Que está entre meu perceber que não estou só quando só
Sou um pátio de um paço de memórias curvas
De dobras românicas, barrocas, silentes
Uma ameia decaída, frágil, um verso envolvente
Que canta ao mesmo tempo que chora o que é
E se alguém perguntar em que rua eu moro
Moro no poema, moro em qualquer linha, estrofe
Junto à praça do desconsolo, bem à beira da morte
Entre ela e eu ainda há muita poesia
Eustáquio Silva
Porto, 16 de Abril de 2018.
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